Powered By Blogger

sábado, 19 de junho de 2010

Recuperar áreas desmatadas custa R$ 6 bi por ano, diz Banco Mundial

A recuperação de áreas de reserva legal de propriedades rurais é o que desperta uma das principais polêmicas no debate sobre mudanças do Código Florestal brasileiro.

R$ 6 bilhões por ano. Esse é o preço estimado para a recuperação de áreas de proteção ambiental desmatadas em propriedades rurais do Brasil, segundo o estudo Cenários de Baixo Carbono para o Brasil do Banco Mundial (Bird), que será divulgado nesta quinta-feira (17). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar do custo, essa é uma das medidas com maiores chances de sucesso na busca por reduzir as emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global nas próximas duas décadas. A recuperação de áreas de reserva legal de propriedades rurais é o que desperta uma das principais polêmicas no debate sobre mudanças do Código Florestal brasileiro.

O estudo do Banco Mundial reconhece dificuldades para a recuperação de 440 mil quilômetros quadrados de floresta, dimensão estimada para o passivo ambiental das áreas de proteção nas propriedades rurais. "Para começar, é uma atividade dispendiosa. Em segundo lugar, propriedades rurais perderiam áreas produtivas durante o período de regeneração da cobertura vegetal."

A legislação atual impõe a preservação de vegetação nativa em pelo menos 20% das propriedades e atribui ao proprietário a responsabilidade pela recomposição do bioma. O porcentual da reserva legal é de 80% nas áreas de floresta amazônica. "Não é fácil a aplicação da legislação", afirma o estudo do Banco Mundial, que, no entanto, conta com a recuperação gradual das áreas de reserva legal e não considera a hipótese de mudança na legislação. "Nos setores de energia e de transportes é mais difícil reduzir as emissões, uma vez que já estão em níveis baixos, de acordo com padrões internacionais", avalia o banco.

O documento reitera informações do inventário oficial de carbono do País, que indicou o desmatamento, estimulado pela expansão da agricultura e da pecuária, como a maior fonte das emissões de gases de efeito estufa do Brasil. "A produção agrícola e a pecuária geram também emissões diretas, juntas respondendo por um quarto das emissões nacionais brutas", relata o Bird.
****************************
FONTE : Amazonia.org.br /EcoAgência

Um comentário:

caminha, caminhando, poetando... disse...

A coisa parece não ter fim. Os produtores parece nem estar aí para o problema. Cavam o próprio buraco. Acredito, cada vez mais, que as políticas deveriam se comprometer com uma espécie de protecionismo: Só se compra de países que realmente se empenham com a defesa e recuperação ambiental. Produtores que não se preocupam em destinar parte dos lucros para recuperação de sua área rural deveriam ser incluídos numa lista onde NINGUÉM COMPRARIA SEUS PRODUTOS. ESTA LISTA DEVERIA SER AMPLAMENTE DIVULGADA EM SUPERMERCADOS, FEIRAS, ARMAZÉNS: "ESTE PRODUTO PROVÉM DE UM PRODUTOR QUE AGRIDE O MEIO AMBIENTE" ou algo assim. Só agindo radicalmente contra, conscientizando os países importadores e a população poderiam surtir efeito. Mas isto seria possível? Há algum interesse? Quem sabe uma campanha divulgada pelas redes sociais neste sentido não ajudaria? Sei lá! Não sei.

Parabéns James, por continuar nesta insana luta.

Que Deus te abençoe,

Caminha