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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Brasil entra radiante no mundo da energia solar

Já está circulando a revista ECO 21 de agosto de 2011. Uma das principais publicações sobre meio ambiente e sustentabilidade no Brasil, a ECO 21 deste mês traz excelentes textos. Veja abaixo do editorial o índice da edição.

Editorial

Ao inaugurar a usina solar MPX Tauá, a primeira unidade solar de geração de energia em escala comercial ligada ao sistema elétrico nacional, o Brasil finalmente entrou no clube dos países que acreditam num futuro baseado nas energias renováveis. Localizada no município de Tauá, a 350 km de Fortaleza, hoje já gera 1 MW de energia elétrica, suficiente para as necessidades de 1.500 famílias. A MPX revela um perfil empresarial pioneiro, considerando que toda a experiência anterior de geração fotovoltaica no Brasil é de instalações de pequenas unidades produtoras, apenas com o objetivo de fornecer energia para regiões isoladas. O projeto final concebido para a planta de Tauá chegará a 50 MW e quando essa potência for atingida, serão injetados anualmente na rede elétrica nacional 77,4 milhões de kWh.

De acordo com o informe “Renováveis 21: Relatório da Situação Global” divulgado no mês passado pela Rede de Energias Renováveis para o Século 21 (REN21), a geração de energia solar global em 2010 duplicou em comparação com 2009, graças a programas governamentais de incentivo e à queda contínua no preço da energia fotovoltaica. Os investimentos globais em renováveis em 2010 foram US$ 211 bilhões, valor um terço superior ao de 2009. Alemanha foi o país que mais instalou painéis solares em 2010, enquanto Japão e os EUA duplicaram suas instalações em relação a 2009. Neste ano, a China é o maior fabricante de painéis fotovoltaicos, com implantação de usinas solares a baixo custo.

“O desempenho global de energia renovável tem sido uma constante positiva nesses tempos turbulentos”, disse Mohamed El-Ashry, Presidente da REN21. No início deste ano, 119 países tiveram algum tipo de política de adesão às renováveis em nível nacional. Há 6 anos, eram apenas 55 os países, sendo que mais da metade está no mundo em desenvolvimento. Hoje, mais do que nunca, as pessoas usam energia derivada de fontes renováveis; enquanto a capacidade de fornecimento continua a crescer, os preços continuam a cair. “A reunião da Convenção sobre o Clima, a ser realizada em Durban no final deste ano, e a RIO+20, oferecem oportunidades únicas para acelerar e ampliar essa transição positiva para uma Economia Verde de baixa emissão de carbono e de eficiência no uso de recursos energéticos”, disse Achim Steiner, Diretor do PNUMA.

O informe “Sizing the Clean Economy” (Medindo a Economia Limpa), realizado pelo Instituto Brookings, afirma que 2,7 milhões de trabalhadores, nos EUA, estão relacionados com a Economia Verde, enquanto que a indústria dos combustíveis fósseis emprega 2,4 milhões. “Mesmo com o país em plena recessão, setores como o solar e o eólico, triplicaram os investimentos e a mão-de-obra nos últimos anos”, disse Mark Muro, Diretor do Brookings. “Acreditamos no desenvolvimento dessa fonte no médio e longo prazo e temos a certeza que este é só o começo de uma caminhada para o crescimento do setor de energia fotovoltaica no nosso país”, ressaltou Eduardo Karrer, Presidente da MPX. Uma radiante boa notícia plena de energia solar.

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FONTE : Lúcia Chayb e René Capriles, da Eco 21


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