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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Manchetes Socioambientais - 27/agosto/2013

Povos Indígenas

 
  Sobreviventes do grupo Yawaripë, que vivem na região do Ajarani, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, deram depoimentos à Maria Rita Kehl, da Comissão Nacional da Verdade, sobre os impactos causados pela construção da rodovia Perimetral Norte (BR-210), projetada para cortar a Amazônia brasileira no sentido leste-oeste, do Amapá ao Amazonas - Direto do ISA, 26/8.
  Organizações indígenas e indigenistas criaram, em 21 de agosto último, a Comissão Indígena da Verdade e Justiça, para subsidiar com documentos e informações a Comissão Nacional da Verdade (CNV) e, colaborar para dar visibilidade à violações de direitos cometidas contra índios, em especial a partir da ditadura militar (1964-1985) - Direto do ISA, 27/8.
  Entrevista de Márcio Santilli concedida ao jornalista Raul Montenegro e publicada originalmente na Folha Online, no dia 23/8/2013 - Direto do ISA, 26/8.
   
 

Energia

 
  Os três projetos de usina a carvão habilitados para o próximo leilão de oferta de energia para 2018 representam pouco mais da metade (52%) da capacidade de todos que entrarão na disputa - são 36 empreendimentos, que somam 3.535 megawatts (MW). Duas delas estão previstas para o Rio Grande do Sul e uma para o Rio de Janeiro (da MPX, no Porto do Açu), que terá capacidade instalada de 590 MW. O leilão será na próxima quinta-feira, 29. É a primeira vez em cinco anos que participam projetos de térmicas a carvão. A retomada do combustível - que é o segundo mais poluente, só atrás do óleo - foi considerado um retrocesso por especialistas e ambientalistas - O Globo, 27/8, Economia, p.22.
 
A porção final da plataforma externa atlântica do Sul e Sudeste do Brasil e do talude continental entre o Cabo de São Tomé, no litoral de Campos dos Goytacazes (RJ), é de grande interesse econômico para exploração de óleo e gás. Mas embora tenha forte atividade de exploração, a região ainda é muito pouco conhecida. É preciso investigar o seu valor biológico e ecológico para saber exatamente quais são os riscos que sua exploração traz à fauna local. Pesquisa feita por universidades públicas cataloga diversidade surpreendente na fauna da região, vulnerável à forte atividade sísmica. O projeto já documentou 20 espécies de cetáceos, incluindo algumas pouco conhecidas do Oceano Atlântico Sul como, por exemplo, o golfinho listrado, a falsa-orca, a baleia-fin e a baleia-sei. Aproximadamente 25 espécies de aves foram registradas, incluindo o petrel de Bulwer, documentado pela primeira vez no Brasil - O Globo, 27/8, Amanhã, p.7.
   
 

Geral

 
  O governo encontrou uma forma de driblar a burocracia do licenciamento ambiental e criou uma "via rápida" para agilizar o início das obras de duplicação das rodovias federais que serão concedidas à iniciativa privada. Em trechos de até 25 quilômetros, as futuras concessionárias poderão começar obras de duplicação com base apenas em um termo de compromisso a ser assinado com o Ibama, antes mesmo de ter as licenças prévia e de instalação. Para isso, no entanto, é preciso que esses trechos cumpram uma série de requisitos: eles devem estar fora da Amazônia Legal e não implicar retirada de vegetação nativa, realocação de população ou impacto em terras indígenas e quilombolas - O Globo, 27/8, Economia, p.22; Valor Econômico, 27/8, Brasil, p.A4.
  A Secretaria do Verde e Meio Ambiente estuda reduzir pela metade o número de aves nos parques municipais de São Paulo. O setor jurídico da pasta já autorizou a doação dos animais. A intenção é retirar dos lagos todos os 173 patos e marrecos, considerados "fruto de abandono dos munícipes e de difícil interação com humanos". O total de gansos e cisnes negros também deve ser reduzido, passando de 278 para 116. Ontem, o Estado relevou que esse conjunto de aves tem sido alimentado com ração de roedor, não de galinha, como indicado. De acordo com a secretaria, a redução do número de aves tem o objetivo de evitar a superpopulação de aves domésticas nos parques - OESP, 27/8, Metrópole, p.A18.
 
"Será que vale continuar apostando numa indústria movida a carvão? Uma legislação climática mais rígida a partir de 2015 mudará o retorno sobre o valor investido? O gás de xisto é realmente uma oportunidade ou um enorme risco? Perguntas como estas têm sido feitas regularmente por 53% dos gestores de ativos financeiros ouvidos por uma pesquisa mundial feita pela Mercer, empresa de consultoria. Quando as perguntas são feitas apenas para os proprietários dos ativos, o nível de preocupação com as questões climáticas sobe de 53% para 69%. De um modo geral, o sentimento é de que o risco material representado pelas mudanças climáticas é um fato. Não dá para ser desconsiderado", coluna de Agostinho Vieira - O Globo, 27/8, Economia Verde, p.20.
   
 

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