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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Planeta entra hoje no saldo ambiental negativo, diz ONG

Estudo mostra que mundo já esgotou recursos naturais para o ano todo


Estudo mostra que mundo já esgotou recursos naturais para o ano todo<br /><b>Crédito: </b> Mateus Bruxel / CP Memória
Estudo mostra que mundo já esgotou recursos naturais para o ano todo
Crédito: Mateus Bruxel / CP Memória
A partir desta terça-feira, a população mundial entrou no cheque especial com o planeta. Segundo uma pesquisa da Global Footprint Netwart, organização internacional não governamental, parceira da WWF, o mundo esgotou neste dia o total de recursos naturais para todo o ano, entrando em déficit ecológico pelos próximos quatro meses.

No levantamento, a ONG mediu a demanda e a oferta de recursos. O resultado foi que, em 2013, a população de todo o mundo levou cerca de oito meses para consumir os recursos renováveis e a capacidade de sequestro de carbono que o planeta produz em um ano.

Para atender a demanda atual seria necessário a produção de 1,5 planeta. Ainda segundo a ONG, até 2050 serão necessários dois mundos para suprir o consumo. O estudo aponta que o "Earth Overshoot Day", algo como "Dia de Sobrecarga da Terra", está cada vez mais adiantado: no ano passado, a dívida teve início no dia 22 de agosto; há 10 anos, no dia 22 de setembro; em 93, apenas em 21 de outubro.

Brasil no verde

O Brasil não faz parte dos países ecologicamente deficitários e ainda possui uma biocapacidade superior a sua demanda. O Japão lidera o ranking, consumindo 7,1 vezes o que é capaz de produzir anualmente. Na lista dos países que mais devem ao meio ambiente estão Catar, Suíça, Itália, Reino Unido, Grécia, China, Egito, Estados Unidos, Índia e França.

Segundo a ONG, o resultado desse saldo negativo é evidente: mudança climática, desmatamento, extinção de espécies e preços das commodities. "As crises ambiental e econômica que estamos vivenciando são sintomas de uma catástrofe iminente. A humanidade está simplesmente usando mais do que o planeta pode oferecer", alerta a organização.

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