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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

MANCHETES SOCIOAMBIENTAIS - 26/09/2013


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Amazônia, Mata Atlântica, Mudanças Climáticas, Povos Indígenas
Ano 13
26/09/2013

 

Povos Indígenas

 
  Estão confirmados protestos em pelo menos quatro capitais. Atos reunirão povos indígenas, organizações da sociedade civil e movimentos sociais. Guarani iniciam manifestações com fechamento de rodovia em SP - Direto do ISA, 26/9.
  Cerca de 500 pessoas, sendo 50 indígenas, deixaram terreno invadido há três meses no município de Iranduba (a 27 km de Manaus), após cumprimento de ação de reintegração de posse ontem. A área invadida fica na beira da rodovia Manoel Urbano. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o grupo de índios tentou resistir à entrada dos policiais, mas dispersou-se pela mata depois. Apesar do clima tenso, não houve confronto. O governo do Amazonas diz que a reintegração na área de 50 mil m2 deve continuar nesta quinta com a derrubada de barracos - mais de cem já foram abaixo - FSP, 26/9, Poder, p.A11.
  Max Tukano, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), grava depoimento convocando sociedade brasileira a aderir às manifestações que vão tomar vários pontos do país de 30/9 a 5/10. Outras lideranças também estão convocando povos indígenas e tradicionais para a mobilização - Direto do ISA, 25/9.
   
 

Amazônia

 
  Concluída em 1973, a BR-319 rasgou o coração da Amazônia com o propósito de ligar as cidades de Manaus (AM) e Porto Velho (RO). Nos primeiros anos de operação, foi plenamente transitável. Depois, a rodovia entrou em um processo de decomposição total. Em 1988, já era considerada intransitável. Sem qualquer manutenção, o trecho central da rodovia, um traçado de 405 km, foi totalmente invadido pela mata. Crateras surgiram por todos os lados. Para cerca de 500 mil pessoas que vivem nos 14 municípios localizados na área de influência da BR-319, o que está em discussão é o direito de ir e vir. Ambientalistas, no entanto, afirmam que o plano de repavimentação da estrada é um erro por conta do risco de expansão do desmatamento, além de uma possível imigração descontrolada para a Amazônia Central. O efeito imediato do retorno do asfalto, diz o pesquisador do Inpa Philip Fearnside, seria o avanço da grilagem de terras e a devastação da mata - Valor Econômico, 26/9, Brasil, p.A14.
  Basta anoitecer. Um atrás do outro, caminhões abarrotados de troncos de madeira surgem na via esburacada da BR-319. É a prova de que, com ou sem pavimentação, a BR-319 já se converteu em um corredor promissor para a ação de madeireiros. No curso da estrada, clareiras são abertas na mata, com dezenas de toras esparramadas pelo caminho, à espera de reboque. Queimadas também ocorrem em diversos trechos da floresta, ao longo da rodovia. Na vila Realidade, a 100 km de Humaitá, quatro madeireiras estão em plena atividade. A derrubada de árvores é uma das principais atividades para o povoado isolado no meio da floresta. O Ibama já chegou a fechar algumas madeireiras que atuavam irregularmente na região. Em abril de 2012, foram apreendidos 3 mil m3 de madeira extraída ilegalmente entre os municípios cortados pela BR-319 e a Transamazônica (BR-230), rodovia que cruza a estrada Porto Velho-Manaus em Humaitá - Valor Econômico, 26/9, Brasil, p.A14.
   
 

Mata Atlântica

 
  A Dersa afirmou ontem que a Prefeitura de São Paulo não tem competência para estipular contrapartidas para o Trecho Norte do Rodoanel. Documento enviado ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) pelo Município pede a construção de nove parques ao redor da Serra da Cantareira. O secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Ricardo Teixeira, afirmou que o prefeito Fernando Haddad (PT) tenta um acordo direto com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para proteger a Cantareira. O secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, afirmou que estuda um dos pedidos da Prefeitura, a colocação de grades ao redor da Cantareira - OESP, 26/9, Metrópole, p.A28.
   
 

Mudanças Climáticas

 
  Novas previsões do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) indicam que o Brasil caminha para um futuro ainda mais preocupante do que se imaginava. Números que constam no rascunho do quinto relatório do IPCC - que só será divulgado oficialmente na sexta-feira - indicam que as temperaturas no país podem aumentar de 3 a 5 graus Celsius até 2100, com as máximas diárias se elevando em até 7 graus. Tal cenário seria catastrófico, com redução de até 30% das chuvas e desaparecimento de 50% das espécies vegetais do Cerrado - O Globo, 26/9, Ciência, p.30.
  O aumento do ritmo de degelo no Ártico é um dos principais pontos a serem revistos no próximo relatório do IPCC (painel do clima da ONU). "É muito provável que a cobertura de gelo marinho no Ártico continue a encolher e afinar", afirma o texto preliminar do documento. "Sob o cenário RCP8.5 [hipótese mais pessimista do relatório], um oceano Ártico quase sem gelo provavelmente será visto antes do meio do século". O painel informa que é possível dizer com "alta confiabilidade" que o Ártico vai se aquecer mais rápido que outras regiões e revê para pior o seu prognóstico. Há menos de uma década, o maior relatório sobre o tema, o "Arctic Climate Impact Assessment", estimava que o temido "setembro sem gelo" só viria no fim do século. O aumento do ritmo de degelo já alterou o comportamento dos animais da região - FSP, 26/9, Ciência, p.C9.
  Já preocupados com um futuro acordo multilateral sobre mudanças climáticas, delegados governamentais de 111 países transformaram a reunião do IPCC, em curso em Estocolmo, em prévia da Conferência do Clima de Paris, marcada para 2015. Desde a segunda-feira, os representantes políticos negociam com cientistas palavra a palavra do relatório. Até a noite dessa quarta-feira, 25, terceiro dia de discussões, pouco mais de 20% do documento havia sido debatido. Discussões ferrenhas foram relatadas por integrantes do IPCC. Os debates se concentram na forma de apresentação, mais do que nas estatísticas, que têm sido preservadas - OESP, 26/9, Metrópole, p.A29.
  Se na assembleia de cientistas e delegados em Estocolmo a busca de consensos segue firme, fora do ambiente em que ocorre a reunião crescem as dúvidas sobre se o IPCC deve ou não manter o atual formato de debates ou fragmentar os relatórios em vários documentos menores, a serem publicados em intervalos mais curtos - OESP, 26/9, Metrópole, p.A29.
   
 
Imagens Socioambientais

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