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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Manchetes Socioambientais - 30/10/2013


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Mudanças Climáticas, Agronegócio
Ano 13
30/10/2013

 

Água

 
  A pressão demográfica e o aumento da urbanização são os principais fatores para a elevação da demanda global por um recurso natural cada vez mais escasso: água. Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a demanda mundial por água crescerá 55% até 2050, quando a população mundial chegará a 9 bilhões de pessoas. Com 2 bilhões de pessoas a mais no planeta será preciso assegurar que todos esses habitantes tenham água para beber, produzir alimentos, produtos, realizar tarefas domésticas, gerar energia e fazer sua higiene pessoal. 'Desse total de 9 bilhões, cerca de 40% viverão em regiões com situação de estresse hídrico', alerta Kathleen Dominique, diretora do Programa Água, da OCDE - Valor Econômico, 30/10, Especial, p.G4.
  O cenário mundial diante da escassez dos recursos hídricos e seus desdobramentos, como oportunidades econômicas no ambiente corporativo e as mudanças de perspectivas sob o ponto de vista de governos, iniciativa privada e sociedade foram os principais pontos debatidos no painel "Gerenciamento Corporativo de Recursos Hídricos: Riscos Corporativos dos Recursos Hídricos". Os integrantes do painel, representantes da indústria brasileira e internacional e de organizações ligadas às questões da água e do desenvolvimento sustentável, mostraram que a discussão sobre o melhor uso dos recursos hídricos é essencialmente política e, como tal, precisa envolver igualmente o governo e os diversos representantes da sociedade. O uso consciente dos recursos hídricos também deve deixar de fazer parte exclusivamente da pauta de sustentabilidade e integrar a pauta econômica das nações - Valor Econômico, 30/10, Especial, p.G4.
  A criação de um mercado da água pode ser o caminho para os desafios do abastecimento e do saneamento no Brasil. A ideia, tema central do painel "Políticas Públicas de Gerenciamento de Recursos Hídricos: mercados de água são uma opção?", no Seminário Sustentabilidade 2013, promovido no Rio de Janeiro pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), é apontada como difícil de ser implantada no país, mas pode dar respostas pontuais a problemas como o da escassez de água da região Nordeste - Valor Econômico, 30/10, Especial, p.G4.
  O Brasil apresenta um déficit gigantesco em saneamento básico, cuja eliminação passa pela adoção de um modelo de gestão orientado à busca da eficiência das companhias que prestam esse serviço, como mostram experiências bem sucedidas em alguns municípios do interior paulista, como Limeira, Campinas, Ribeirão Preto e Jundiaí, que alcançaram ou estão próximas de atingir a universalização do abastecimento de água e do esgoto sanitário - Valor Econômico, 30/10, Especial, p.G2.
   
 

Mudanças Climáticas

 
  Enchentes, inundações e deslizamentos de encostas custaram cerca de R$ 50 bilhões ao estado do Rio de Janeiro na última década. O prejuízo causado por estes desastres climáticos foi estimado pelo Instituto de Economia da UFRJ. Coordenador do estudo, o economista Carlos Eduardo Young considerou a ocorrência de eventos extremos entre 2001 e 2010. Para isso, usou duas fontes. O Atlas Brasileiro de Desastres Naturais (ABDN) informou o número de pessoas afetadas, desabrigadas e desalojadas neste período. O Banco Mundial, por sua vez, fez um cálculo inédito das perdas financeiras das inundações na Região Serrana em 2011. Os danos com infraestrutura, meio ambiente e setores sociais somaram R$ 4,7 bilhões - O Globo, 30/10, Ciência, p.30.
  Ainda com problemas ambientais a resolver, o arquipélago de Fernando de Noronha quer se tornar o primeiro território brasileiro com compensação total da emissão de dióxido de carbono (CO2). A iniciativa é do governo de Pernambuco, Estado ao qual as ilhas pertencem. A gestão elaborou um plano com recomendações para atingir a meta, entre elas o uso de energia solar. Noronha emite por ano 32.310 toneladas de CO2 equivalente. Isso corresponde a oito toneladas de CO2 por pessoa por ano, valor superior à média anual per capita no Brasil, de 2,3 toneladas. Segundo o secretário do Meio Ambiente de PE, Sérgio Xavier, o transporte aéreo é o principal responsável pela produção de CO2 (53%), seguido pela geração de energia (32%) e itens como agricultura, transporte marítimo e produção de resíduos (15%) - FSP, 30/10, Ciência, p.C11.
   
 

Agronegócio

 
  A multinacional americana Bunge e a Amaggi, uma das empresas do Grupo André Maggi, da família do senador e ex-governador do Mato Grosso Blairo Maggi, acabam de criar uma joint venture de navegação fluvial no país. A Navegações Unidas Tapajós Ltda. (Unitapajós), sediada em Belém, será responsável pelo escoamento de grãos originados no Mato Grosso pela hidrovia Tapajós-Amazonas até Santarém, no Pará, que servirá como alternativa menos custosa às empresas. Os dois grupos pretendem escoar cerca de 3,7 milhões de toneladas de grãos no período de três a quatro anos. A expectativa é que Unitapajós comece a operar já nesta safra 2013/14 - Valor Econômico, 30/10, Agronegócios, p.B16.
  "Se as fazendas de natureza patronal geram tão pouco emprego é porque a maior parte de suas terras está coberta de pastagens que suportam a mais extensiva pecuária bovina de corte do mundo. Além de gerarem parcos empregos, de não respeitarem normas agronômicas básicas para a conservação dos recursos naturais e de terem mais rentabilidade patrimonial que operacional, os fazendeiros desse tipo de pecuária ainda são os principais premiados pela falta de real tributação da propriedade da terra, também o caso mais escandaloso do mundo. O ITR (Imposto Territorial Rural) permanece uma insólita peça de ficção, mesmo depois de ter passado para a jurisdição da Receita Federal. São elementos suficientes para que se note quão perverso pode ser o uso da expressão 'agronegócio' para acobertar interesses dos mais parasitários", artigo de José Eli da Veiga - Valor Econômico, 30/10, Opinião, p.A15.
  "Ao lançar em 17 de outubro, com fanfarra, o Plano Nacional de Agroecologia e Agricultura Orgânica, o governo federal mergulha no ridículo e, de quebra, desmoraliza ainda mais o que restou da antiga autointitulada esquerda agrária. É mais uma criativa contribuição brasileira para o anedotário internacional, pois é histriônica a sugestão de a agroecologia ser o caminho tecnológico para assegurar tanto a produção como a sustentabilidade das atividades agropecuárias", artigo de Zander Navarro - OESP, 30/10, Espaço Aberto, p.A2.
   
 

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