Bench Benchmarking Brasil   Melhores Práticas em Sustentabilidade Uma fotografia da sustentabilidade aplicada em nosso país
O banco de boas práticas do Programa Benchmarking Brasil contém 279 práticas catalogadas ao longo destes 12 anos de existência. Estas práticas são selecionadas (certificadas) a cada edição anual do Programa e organizadas em 10 diferentes temáticas gerenciais da sustentabilidade. Ao observar o Banco de Práticas, nota-se claramente o processo de construção da consciência e aplicabilidade da temática socioambiental na gestão das empresas e instituições brasileiras.
Desde 2003 quando se realizou a primeira edição do Benchmarking Brasil (que na época chamava-se Benchmarking Ambiental Brasileiro), foi se desenhando as temáticas que receberiam mais investimentos e atenção de acordo com as motivações do periodo. Identificamos três blocos referenciais: Cultura (2 categorias), Demandas (3 categorias) e Inovações (5 categorias).
  • Cultura: A categoria que certificou mais práticas Benchmarking no período foi Educação e Informação Socioambiental (84), seguida da categoria Políticas e Ferramentas de Gestão (50), levando-nos a concluir que primeiro se educa (constrói consciência e cultura) e depois se estrutura metodologicamente. É o caminho natural do aprendizado e da transformação.
  • Demandas: Logo em seguida e, praticamente empatadas, vem as categorias: Resíduos (34), Recursos Hídricos (31) e Proteção e Conservação (30). Certamente motivadas pelas demandas legais e mercadológicas do período.
  • Inovações e outros: E ao final nos deparamos com as demais categorias: Energia (13); Pesquisa e Desenvolvimento de Novos Produtos (11); Emissões(10); Arranjos Produtivos (8); Manejo e Reflorestamento (8). Neste bloco há uma variedade de categorias que sofreram influencias diversas no período, mas certamente motivadas por fatores socioeconômicos e ambientais.
A sintonia entre cenário e práticas:
Para efeito ilustrativo, vamos destacar a ultima edição Benchmarking Brasil. Em 2013, 25% dos cases certificados estavam na categoria Recursos Hídricos. Coincidentemente, em 2014 a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) vive um período atípico, ou seja, verão com pouca chuva e com alto risco de racionamento no fornecimento da água. Veja o volume do reservatório Cantareira (Janeiro) que abastece a RMSP nos últimos 4 anos: 22,9% (2014), 52,3% (2013), 74,8% (2012), 94% (2011) – Fonte SABESP.
Somado ao fator climático, as fontes de água não seguem o crescimento (populacional e industrial) da população. Esta é uma preocupação nacional: como equacionar a disponibilidade de água versus as demandas de consumo (humano e industrial)? Essa preocupação está claramente registrada no Banco de Práticas do Programa Benchmarking Brasil, um dos mais importantes selos de sustentabilidade do país. No último ano 1/4 dos 30 cases certificados abordaram práticas que envolvem os recursos hídricos. Grandes empresas e instituições (07) disponibilizaram e compartilharam suas soluções no Banco de Boas Práticas do Programa Benchmarking para acelerar o desenvolvimento socioambiental do Brasil nesta questão.
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Os Legítimos da Sustentabilidade
Para esse ano, empresas e gestores com boas práticas de sustentabilidade podem inscrever seus cases até 31 de março para concorrer ao Ranking Benchmarking 2014. Os cases aprovados farão parte do maior Banco Digital de Boas Práticas Socioambientais (certificadas) com livre acesso do país. No “Dia Benchmarking, Compartilhar para Crescer” que ocorrerá no dia 4 de junho (quarta-feira), será conhecido o Ranking Benchmarking Brasil dos detentores das melhores práticas socioambientais do país.
Em seus 12 anos de existência já passaram pelo crivo Benchmarking, 162 instituições brasileiras atuantes nos três setores da economia, e localizadas em 13 diferentes estados do país. As práticas inscritas são avaliadas por uma comissão técnica multidisciplinar com participações relevantes no cenário nacional e internacional, o que garante credibilidade e transparência. Uma vez selecionadas, integram o Ranking Benchmarking Brasil e serão compartilhadas com público especializado e formador de opinião em livros, revistas, banco digital e eventos técnicos.
Além de acelerar o desenvolvimento técnico da gestão socioambiental brasileira, o Programa Benchmarking ajuda no diálogo e na prestação de contas da organização com seus diversos públicos de interesse. Também oferece relevante serviço de utilidade pública na medida em que informa a sociedade o “modus operandi” das organizações para com as questões socioambientais, ou seja, mostra a sustentabilidade aplicada no dia a dia da empresa, muito além da teoria e do discurso.
Comissão Técnica, plural e com participações internacionais
Um dos pilares do Programa Benchmarking é a sua comissão técnica. Ela compreende identificação de nomes consagrados de personalidades e especialistas comprometidos com ações sustentáveis e atuantes em entidades e instituições com reconhecido valor e que represente significativos segmentos da sociedade.
Este ano, a comissão técnica tem representantes de seis diferentes países: Brasil, Canadá, Estados Unidos, Noruega, Reino Unido e Portugal. Os critérios de avaliação são transparentes e os membros da comissão técnica avaliam a qualidade gerencial das práticas de sustentabilidade do case sem ter acesso ao nome da instituição.
Além do Ranking, o programa congrega outras ações de fomento a sustentabilidade tais como: Publicações (Livro e Revista), Banco Digital de Práticas com Livre Acesso, Encontros Técnicos, Feiras e Congressos, entre outros. Ao longo destes 11 anos, o Benchmarking Brasil incentivou a busca da melhoria contínua e a adoção das melhores práticas nas organizações, contribuindo assim com a construção de massa crítica em sustentabilidade no país.
Regina Jorge
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