brasil emissoes copa ecod Brasil tem o menor índice de emissões da história das Copas
Robert Cianflone/Getty Images

Por meio da doação de créditos de carbono, país superou em 18 vezes a compensação das emissões de responsabilidade do governo
Lima (Peru) – O recorde no corte de emissões de gases de efeito estufa gerados pela Copa do Mundo colocaram o Brasil em posição de destaque na 20ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Os dados foram divulgados na quinta-feira (11) pela ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira.
O Brasil superou os países que sediaram grandes eventos esportivos nos últimos anos. De acordo com o relatório, as emissões brasileiras da Copa totalizaram 1,414 milhões de toneladas de carbono equivalente (tCO2eq). Nas Olimpíadas de Londres, foram 3,3 milhões de tCO2eq. Já na Copa do Mundo da África do Sul, foram 1,6 milhões de tCO2eq.
Apesar de terem sido usadas metodologias diferentes na medição de cada um dos eventos, a forma como o Brasil fez os cálculos das emissões foi elogiada pelos membros da UNFCCC. “O país mostrou a importância dessa metodologia para os grandes eventos globais”, afirmou a ministra.
Compensação
Ao todo, 39% das emissões geradas pela Copa do Mundo foram compensadas por meio da doação de créditos de carbono, concedidos a partir de chamada pública lançada, neste ano, pelo Ministério do Meio Ambiente. Os créditos foram doados pelo setor privado e somaram 545,5 mil tCO2eq.
Desse total, 60 mil tCO2eq eram de responsabilidade do governo federal, por envolver emissões associadas a obras como as dos estádios e operações como o deslocamento de veículos oficiais. Ou seja, as doações de crédito de carbono superaram em 18 vezes as emissões responsabilizadas pelo governo.
Redução
Confira os responsáveis pelas reduções de emissões nas 12 cidades-sede:
52% – uso de geradores por biocombustíveis
21% – construção civil
19% – manejo sustentável de resíduos sólidos
7% – transporte público
1% – uso de biocombustível em veículos
Saiba mais
O Protocolo de Kyoto, acordo internacional com metas de redução de gases de efeito estufa para os países desenvolvidos, criou um mercado voltado para a criação de projetos de redução da emissão desses gases na atmosfera. Os projetos desenvolvidos no âmbito do MDL geram RCEs, também conhecidas como créditos de carbono. A chamada pública do MMA buscou empresas que doaram RCEs provenientes de projetos brasileiros aprovados pelo MDL.
* Edição: Alethea Muniz.
** Publicado originalmente no site Ministério do Meio Ambiente.
(Ministério do Meio Ambiente)