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domingo, 17 de maio de 2015

ESTADOS UNIDOS : Vídeo mostra estudantes dançando com gatos mortos em laboratório de escola

17 de maio de 2015 

(da Redação da ANDA)
Foto: Daily Mail Online
Foto: Daily Mail Online
Um grupo de alunos de uma das melhores escolas de ensino médio dos Estados Unidos gravou um vídeo com uma dança com gatos mortos em sua sala de aula, e postou as imagens no Facebook. As informações são do Daily Mail Online.
As perturbadoras imagens mostram oito jovens estudantes da Harding Charter Preparatory High School – escola emblemática norte-americana que está classificada em primeiro lugar em Oklahoma e em 23° lugar no país, e que sorteia vagas em loteria para atender à demanda – rindo e fazendo os cadáveres de gato “dançarem” em suas mãos ao som de uma música no laboratório.
No vídeo – obtido pelo Daily Mail Online – um aluno está diante dos outros oito estudantes e pode ser visto segurando outro gato morto e “dirigindo” o ato macabro.
Conforme a conhecida canção “Meow Mix” (de um comercial de alimentos para gatos) começa a tocar, os alunos sorriem uns para os outros e fazem com que os corpos dos gatos se movam e saltem em movimentos sincronizados.
Ao final do vídeo, o estudante que atua como diretor ergue uma placa na qual está escrito “Piccolo and the Pussycats”.
O vídeo foi postado no Facebook por um dos alunos, que também marcou outros três colegas e uma pessoa chamada Leslie Piccolo no post.
De acordo com o site da escola, Leslie Piccolo é uma professora de ciências da instituição, mas não está claro se ela está presente no vídeo, que se acredita ser dos alunos do último ano.
Ela é descrita no site como professora de Anatomia e Fisiologia Humanas, Zoologia, Botânica, Saúde e Condicionamento Cardíaco e também como alguém que ama os animais, referindo ao cão de raça Yorkshire Terrier Olive Thyme como o “melhor animal da Terra” e “2 quilos de amor e devoção”.
Piccolo foi procurada pelo jornal para comentar o assunto mas não retornou as ligações.
Foto: Daily Mail Online
Foto: Daily Mail Online
Os gatos que aparecem no vídeo em questão haviam sido mortos para serem dissecados pelos alunos.
A ONG ativista de direitos animais PETA, aproveitando a polêmica gerada pelo filme, está agora pedindo a proibição da dissecação de animais nas escolas dos EUA.
A organização informou ao Daily Mail Online que enviou inúmeras cartas à escola reportando o incidente, e não recebeu nenhuma resposta.
A escola, que é pública mas possui maior independência na tomada de decisões que as outras escolas regulares, também não respondeu às solicitações de entrevista do Daily Mail Online.
De acordo com a PETA, o vídeo viola as diretrizes básicas de ensino de ciências, segundo as quais os animais explorados em estudos nas salas de aulas devem ser tratados de forma respeitosa e ética.
O grupo também disse à escola que a dissecação de animais em sala de aula “pode causar distúrbios psicológicos pelo resto da vida dos alunos, bem como a insensibilidade para com os animais”, e que esta situação é um exemplo.
Justin Goodman, diretor de investigações da PETA, disse: “Gatos usados para dissecações são frequentemente animais de companhia que se perderam de seus tutores ou que foram roubados – mas em salas de aula como esta, os estudantes aprendem que eles são objetos e instrumentos inanimados de laboratório para serem escarnecidos, usados e descartados”.
“A PETA está convidando a Harding Charter Preparatory High School a ensinar aos seus alunos a respeitar a vida – e pode começar a fazer isso substituindo a cruel e arcaica dissecação animal por métodos mais efetivos e humanos, que não utilizem animais”, acrescentou Goodman.
Prédio da Harding Charter Preparatory High School, escola premiada e emblemática dos EUA. Foto: Daily Mail Online
Prédio da Harding Charter Preparatory High School, escola premiada e emblemática dos EUA. Foto: Daily Mail Online
A cada ano nos Estados Unidos, estima-se que 10 milhões de animais são mortos para dissecação, segundo a PETA.
Muitos vêm de empresas chamadas “de suprimento biológico”, que reproduzem animais especialmente para a dissecação. Outros são retirados de abrigos de animais ou da natureza.
O grupo tem apelado às escolas para que passem a usar métodos alternativos para ensinar anatomia aos estudantes, como programas de computador, que podem ser mais efetivos que a dissecação e também permitem aos alunos repetir o procedimento múltiplas vezes.
“Métodos que não usam animais, tais como os programas computadorizados interativos, têm se revelado melhores que a dissecação”, complementou Goodman, que ainda lembrou que eles poupam tempo e recursos financeiros, além de aumentarem a confiança e a satisfação dos estudantes.
A National Science Teachers Association igualmente endossa o uso de modernos métodos alternativos como substitutos.
Esta não é a primeira vez que uma escola é alvo de reclamações por seu tratamento a animais explorados para dissecação.
Em 2011, dois alunos foram suspensos na John Jay High School em San Antonio, no Texas, por terem deixado um gato no carro de outro estudante como uma brincadeira.
No mesmo ano, um professor da Flórida foi transferido para outra escola e enviado para novo treinamento após intimidar e insultar um aluno de sétimo ano da North Naples Middle School que se recusou a dissecar um sapo em sala de aula.
Não foi informado se os estudantes que apareceram no vídeo foram punidos.

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