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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Estado e sociedade têm que debater uso de transgênico e agrotóxico, diz Patrus Ananias


transgênicos

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, disse ontem (23) que o Estado, as organizações não governamentais, universidades e a sociedade civil precisam debater o limite dos usos de agrotóxicos e sementes transgênicas no Brasil. Segundo ele, o Plano Safra da Agricultura Família, prevê o apoio à conservação e valorização de sementes e mudas nativas, chamadas de crioulas.
“Estamos lançando junto esse programa, para valorizar sementes e mudas que não sejam transgênicas e que sejam vinculadas à tradição das agricultoras e agricultores familiares, considerando, inclusive, as diversidades regionais do país. Vamos ampliar as parcerias já feitas com a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária], com universidades, sempre nessa linha de termos uma agricultura saudável, com o mínimo ou totalmente liberta de agrotóxicos”, disse.
O ministro acrescentou que o tema é importante e inclusive foi levantado diretamente pelo papa Francisco em sua encíclica sobre as questões ambientais e sociais.
Patrus também ressaltou o papel da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), criada em 2013 e que agora sai do papel com a nomeação do seu presidente, o engenheiro agrônomo Paulo Cabral, pela presidenta Dilma Rousseff.
“Começamos, então, a consolidar a Anater e a parte da assistência técnica começa a ter uma referência pública. Queremos e vamos manter as parcerias com universidades e entidades privadas mas sob uma diretriz pública, com ações integradas dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e da Agricultura, para garantir que os agricultores familiares tenham acesso a novas tecnologias e novos conhecimentos para melhorar e ampliar a sua produção”, disse Patrus.
Além de outras propostas previstas no Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016, o ministro falou sobre o acordo feito com os movimentos pela reforma agrária e delegado pela presidenta Dilma Rousseff de apresentar em 30 dias um plano de reforma agrária para o país. “Nós estamos trabalhando nesse plano e nossa determinação é que até o final do governo Dilma, até 2018, nós tenhamos assentados em condições dignas todas as famílias acampadas no Brasil”, ressaltou.
Por Andreia Verdélio, da Agência Brasil.
Publicado no Portal EcoDebate, 24/06/2015

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