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sexta-feira, 28 de agosto de 2015




Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Amazônia, Energia, Povos Indígenas, Quilombolas, UCs
Ano 15
28/08/2015

 

Direto do ISA

 
  Oitava edição do evento reforçou a interação entre agrobiodiversidade e segurança alimentar, debateu o papel da assistência técnica e reuniu etnovariedades que formaram o Paiol de Sementes, como os quilombolas batizaram seu recém-inaugurado banco de sementes tradicionais Direto do ISA, 27/8.
  Depois de três dias de debates, plenária aprovou 171 propostas que serão levadas à etapa nacional da CNPI, a se realizar em Brasília, em novembro Blog do Rio Negro/ISA, 27/8.
  Na última terça-feira (25), um dos conselheiros da Reserva Biológica (REBIO) do Gurupi, foi assassinado em Bom Jardim (MA). Raimundo Santos Rodrigues estava acompanhado da esposa Maria da Conceição, que foi alvejada no momento do ataque e encontra-se hospitalizada Blog do Monitoramento/ISA, 27/8.
  
 

Energia

 
  Atrasos nas obras das três maiores usinas em construção no país acabaram na justiça por conta de uma cláusula no contrato que obriga as concessionárias a comprar energia de outras fontes para abastecer o mercado. A concessionária responsável pela Usina de Belo Monte está amparada por liminar que a desobriga de pagar multas pelo atraso provocado por paralisações decorrentes de invasões de seus canteiros de obra. A Santo Antônio Energia pleiteia que a Aneel reconheça o direito de que a usina não esteja obrigada a entregar energia durante o período em que sofreu efeitos de força maior. O consórcio responsável pela Usina de Jirau obteve decisão judicial para rever o contrato em 535 dias por causa de atos de vandalismo e depredação praticados no canteiro de obras Valor Econômico, 28/8, Especial Energia, p.F6.
  Análises sobre o Estudo de Impacto Ambiental de Belo Monte (PA) feitas por Painel de Especialistas afirmam que a construção da hidrelétrica vai implicar um caos social que seria causado pela migração de mais de 100 mil pessoas para a região. A obra poderia inundar os igarapés Altamira e Ambé, que cortam Altamira, e parte da área rural de Vitória do Xingu. A vazão da água à jusante do barramento do rio, em Volta Grande do Xingu, seria reduzida e o transporte fluvial até o Rio Bacajá, um dos afluentes da margem direita do Xingu, interrompido. Este é o único meio de transporte para comunidades ribeirinhas e indígenas chegarem à Altamira. A calha do rio seria alargada e um canal vai alterar o leito original do rio Valor Econômico, 28/8, Especial Energia, p.F6.
  Entre este ano e 2018, o governo pretende contratar entre 25 mil e 31 mil MW de capacidade em novos projetos de geração de energia elétrica, dos quais a maior parte - 11 mil MW - se refere a hidrelétricas. Os maiores destaques estão por conta de dois dos maiores projetos futuros na região Norte, ambos no rio Tapajós, no Pará: a usina de São Luiz dos Tapajós, com 8 mil MW de potência e investimentos estimados em R$ 26 bilhões, e a de Jatobá, com 2,3 mil MW de capacidade e recursos previstos em R$ 10 bilhões. Também avalia a licitação da hidrelétrica de Tabajara (RO), com 350 MW de capacidade. A intenção do governo é conceder, primeiro, São Luiz dos Tapajós, provavelmente em 2016 Valor Econômico, 28/8, Especial Energia, p.F1.
  Um relatório da Empresa de Pesquisa Energética indica que, se o Brasil usasse menos de 0,03% do território nacional, ou 2.400 Km2, com painéis fotovoltaicos, poderia ter suprido o equivalente a todo o consumo do Sistema Interligado Nacional em 2011. Outra aposta brasileira é na força dos ventos. As pouco mais de 280 usinas eólicas em operação geram hoje 7,07 GW, que correspondem a 5% de tudo que é gerado no país. Essa potência energética, que já permitiu uma redução de 12,5 milhões de toneladas ao ano de CO2, é significativamente superior aos pouco mais de 27 MW que eram gerados em 2005. Até o final do ano, a geração eólica pode chegar a 10 GW, uma usina de Belo Monte Valor Econômico, 28/8, Especial Energia, p.F8.
  "Ao visitar os EUA, Dilma anunciou que o Brasil teria sua matriz elétrica com 20% de fontes limpas em 2030. Planejar como metas os resultados já obtidos com energia renovável não hidráulica equivale a não fixar meta nenhuma. É somente o corolário do desdém com que o Planalto sempre a encarou, em favor de obras faraônicas de hidrelétricas, tão ao gosto das empreiteiras implicadas na Operação Lava Jato. Agora que os riscos da mudança do clima e a queda vertiginosa dos preços das energias eólica e fotovoltaica as impõem como opção incontornável, o governo federal quer fazer parecer que adotou objetivos ambiciosos -quando se propõe somente a tentar acertar o passo com setores que já andam pelas próprias pernas", editorial FSP, 28/8, Editoriais, p.A2.
  Diante do cenário atual de escassez hídrica, o Brasil precisa apostar na diversificação das fontes energéticas para aumentar sua oferta de forma sustentável, apontam especialistas. Ainda dependente da geração hidrelétrica, que responde por 60% da capacidade instalada atual, o parque gerador brasileiro precisa abrir espaço para mais termelétricas a gás, eólicas e usinas solares, entre outras fontes. O Plano Decenal de Energia (PDE 2015-2023) indica que as hidrelétricas continuarão a ser o motor da expansão da capacidade instalada do país. Mas cedem espaço à geração eólica e a gás natural. Juntas, essas fontes devem representar um aumento de 21 mil MW contra aproximadamente 24 mil MW das hidrelétricas no período Valor Econômico, 28/8, Especial Energia, p.F2.
  
 

Água

 
  "No debate sobre a extinção de dez dos ministérios federais se inclui o desaparecimento do Ministério da Pesca e da Aquicultura, embora seja cada vez mais preocupante a situação dos oceanos, inclusive nas zonas costeira e marinha do Brasil. A zona costeira tem mais de 8.500 km na porção terrestre de 17 Estados e mais de 400 municípios. A faixa marítima abrange o mar territorial (12 milhas náuticas a partir da costa). E o Brasil pleiteou - e conseguiu na ONU - mais 900 mil km2, onde a plataforma vai além de 200 milhas náuticas. Com isso as 'águas jurisdicionais brasileiras' se ampliaram para cerca de 4,5 milhões km2. Como entender que se pretenda extinguir o ministério e se mantenha uma fiscalização insignificante?", artigo de Washington Novaes OESP, 28/8, Espaço Aberto, p.A2.
  "O desmatamento e a ocupação irregular na Área de Proteção Ambiental (APA) Bororé-Colônia recolocam em discussão o problema da precária proteção dos mananciais que garantem o abastecimento de água da região metropolitana de São Paulo. Um tema particularmente importante nesse momento em que as cidades que a compõem, em especial a capital, enfrentam as consequências da pior seca dos últimos 80 anos e vivem, desde meados do ano passado, sob a ameaça de racionamento. Nem a ameaça da falta d'água, que o comprometimento dos mananciais só agrava, faz os administradores públicos tomarem juízo.", editorial OESP, 28/8, Notas e Informações, p.A3.
  
 

Geral

 
  Os índios continuam peregrinando pelo território brasileiro. Insubordinados, eles resistem ao genocídio cultural porque, no passado, conheceram o extermínio do corpo. Já viram, portanto, o fim do mundo, em 1500, e sabem como é, como diz o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, homenageado na exposição Variações do Corpo Selvagem, que o Sesc Ipiranga abre neste sábado, 29, às 16 horas, com curadoria dos escritores e professores Eduardo Sterzi e Veronica Stigger. A mostra reúne 337 fotografias feitas pelo etnólogo, que foi considerado pelo colega Lévi-Strauss o fundador de uma nova escola de antropologia, conhecida como perspectivismo ameríndio OESP, 28/8, Caderno 2, p.C1 e C3.
 
Desde 2009, o segmento de orgânicos vem surpreendendo com uma taxa de crescimento de 25% ao ano. Em 2014, o setor faturou US$ 1,5 bilhão. O ano de 2015 vai ser melhor ainda, e o setor deve fechar com US$ 2,5 bilhões. Os Estados Unidos avançam 11% ao ano e detêm quase a metade do comércio internacional, avaliado em US$ 72 bilhões. "O mercado americano já chegou à estabilidade, enquanto o Brasil está começando a decolar", diz Ming Lui, coordenador da Organics Brasil. O aumento da oferta é visível. Hoje, nas prateleiras das grandes redes de supermercados, encontra-se todo tipo de produto orgânico OESP, 28/8, Caderno do Agronegócio, p.10-11.
  
 
Imagens Socioambientais

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