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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Tartarugas sofrem com tumores causados por poluição

12 de novembro de 2015 

No Havaí, tartarugas estão morrendo de tumor por ingerirem nitrogênio concentrado nas algas.
Divulgação
Divulgação
Um estudo publicado pelo portal de conhecimento Peer J revelou que resíduos de atividades agrícolas e poluição urbana estão causando tumores em tartarugas marinhas no Havaí.
Pesquisadores das Universidades Duke, do Havaí e da Administração Nacional Ocêanica e Atmosférica dos EUA descobriram que o nitrogênio, usado em excesso na agricultura, acaba sendo absorvido pelas algas marinhas. A triste notícia é que os animais que comem essas algas acabam sofrendo com a formação de tumores nos olhos, nadadeiras e órgãos internos, como é o caso das tartarugas.
A fibropapilomatose, formação de tumores, é a principal causa da morte de tartarugas verdes, de acordo com Kyle Van Houtan, da Faculdade de Ambiente da Duke. “Estamos traçando linhas diretas da introdução de nutrientes humanos nos ecossistemas de corais e examinando como isto afeta a vida selvagem,” afirmou.
Os cientistas se basearam em estudo anterior, de 2010, segundo o qual a doença era mais evidente em áreas com altos níveis de descarte de nitrogênio.
Segundo os estudos, as algas armazenam nitrogênio através de um aminoácido chamado arginina. Os pesquisadores encontraram graus extremamente altos de arginina tanto nas algas quanto nas águas muito poluídas e nos tumores das tartarugas.
Durante as pesquisas, foi descoberta uma espécie de alga vermelha não nativa do Havaí, a Hypnea musciformis, com níveis especialmente altos de arginina quando comparada a outras espécies estudadas. Essa espécie é invasiva e se reproduz muito bem em águas ricas em nitrogênio por poluição de nutrientes. Já que crescem com mais sucesso que as espécies nativas, acabam sendo cerca de 90% da dieta das tartarugas.
Um próximo passo lógico é repetir estes estudos comparando os tumores e as características das tartarugas verdes com outras populações de tartarugas e outras espécies. Etapas adicionais podem desenvolver um plano de monitoramento para avaliar o risco no ecossistema do Havaí para a evolução desses tumores e comparando com outras regiões.
Fonte: Mar Sem Fim

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